Merelim S. Pedro



As origens da freguesia de Merelim S. Pedro remontam ao século XIII. Fixada a 5 km da cidade de Braga, com 2,34 km² de área e 1 710 habitantes, é uma das freguesias  envolventes mais emblemáticas do Agrupamento de Escolas do Mosteiro e Cávado. Apresenta a concurso três belas maravilhas: a Custódia, a Capela de S. Brás do Carmo, Cruzeiro e Alminhas  e o Banco Português de Germoplasma Vegetal (BPGV).
Custódia




A Custódia é um património religioso do tipo arte sacra, pertencente à freguesia de Merelim S. Pedro.
Este vaso litúrgico é utilizado para expor aos fiéis a hóstia de forma solene para adoração. Esta é a jóia mais antiga e mais rica da freguesia, sendo toda ela constituída por prata e ouro.
Em fins de Fevereiro de 1801, face ao conflito entre Portugal e Castela, D. Frei Caetano Brandão escondeu a custódia até que a ameaça passasse, tal como terá acontecido em 1808, aquando das invasões francesas.
Esta obra de arte é protegida pela Fábrica da Igreja de Merelim S. Pedro desconhecendo-se a data exacta da sua criação, apesar de se acreditar que esta data do séc. XI.
Actualmente não é revelado o local exacto onde a custodia é guardada para sua protecção e salvaguarda.
Esta maravilha, por ser única e de rara valia não é muitas vezes exposta, aliás só em ocasiões como o Sagrado Lausperene e procissões do padroeiro da freguesia. É uma peça de que a freguesia se orgulha de possuir, pela sua beleza, a sua antiguidade e carácter simbólico.
Capela de S. Brás do Carmo, Cruzeiro e
Alminhas


A Capela de S. Brás do Carmo, Cruzeiro e Alminhas, é um conjunto de edifícios/estruturas religiosas dos tipos: capela, cruzeiro e alminhas e situam-se em Merelim S. Pedro.
A capela de S. Brás é protegida pela Confraria de S. Brás do Carmo e está localizada numa pequena elevação relativamente à estrada nacional 201, Braga – Prado. No lado direito da capela encontramos um pequeno largo onde podemos observar uma fonte, a estátua de S. Brás e alguma vegetação. Do lado esquerdo encontram-se habitações. À frente da capela encontra-se um muro onde se observam as Alminhas. Do outro lado da estrada nacional encontra-se o Cruzeiro que está rodeado de casas.
De arquitectura barroca, a Capela, possui uma só nave e uma torre sineira adossada lateralmente. A sua decoração interior ostenta azulejos recentes, retábulo de talha neoclássico, o tecto da nave e capela-mor em estuque e o pavimento da nave em tijoleira. O altar-mor de talha policroma, possui a imagem do padroeiro S. Brás, ao centro, ladeada por Santo António e Nossa Senhora da Soledade. Esta capela foi construída em 1602 por ordem do Arcebispo de Braga, D. Frei Agostinho de Jesus.
Na linha da berma, de costas para a capela, existem as alminhas de S. Brás e fronteiro à capela, num pequeno largo, ergue-se o cruzeiro paroquial, com uma interessante base emoldurada e decorada com motivos geométricos e vegetais, sobre um soco constituído por cinco degraus quadrangulares.
S. Brás, como advogado da garganta, na sua romaria anual, recebe centenas de devotos na sua bela capela. A festa em honra do santo, realiza-se anualmente, no interior e exterior da capela, a 3 de Fevereiro, não se conhecendo referências quanto ao inicio desta celebração.
Em suma, esta é uma maravilha que valoriza a freguesia de Merelim S. Pedro e que é reconhecida como um grande património desta. A sua localização permite que todos os cidadãos que circulam na nacional 201 possam ter o prazer de a comtemplar.
Banco Português de
Germoplasma  Vegetal (BPGV)

O Banco Português de Germoplasma Vegetal (BPGV) foi criado em 1977 e é actualmente uma unidade do Instituto Nacional de Recursos Biológicos, desde Janeiro de 2009.
A Doutora Rena Farias foi a fundadora desta instituição, sendo galardoada como “Guardiã da Biodiversidade” em 2010. Este banco trabalha tanto a nível nacional como internacional.
O BPGV localiza-se na Quinta de S. José, Merelim S. Pedro, Braga, com uma área agrícola de 8 hectares, utilizada integralmente para o desenvolvimento da sua missão.
A sua missão é colher, conservar, avaliar, documentar e valorizar os recursos genéticos garantes do Sistema Nacional para a Conservação dos Recursos Genéticos, assegurando a diversidade biológica e a produção sustentável actual e futura.
A conservação da Biodiversidade é uma gestão activa dos recursos naturais e do ambiente de forma a assegurar a manutenção das suas qualidades e a sua utilização sustentável.
É reconhecido o enorme contributo, passado e futuro das comunidades locais e dos agricultores de todas as regiões do mundo, para a conservação e valorização dos recursos fitogenéticos que constituem a base da produção alimentar e agrícola do mundo.
O BPGV acolhe colecções representativas de germoplasma dos mais importantes recursos agrícolas de Portugal Continental e Ilhas, tendo ao longo de três décadas respondido aos novos desafios dos Recursos Genéticos.

Ângela Rocha
Isabel Peixoto
Sónia Carvalho